“Onde tudo começou”: o economista praiano

É comum ver atletas durante as suas carreira profissional se preocuparem apenas em exercer a profissão, sem pensar no futuro após a aposentadoria . Existem também o outro lado com atletas mais atentos com o futuro, se preparam e conseguem ter uma vida ativa ao longo de sua jornada.

No personagem principal da série “Onde tudo começou”, vamos contar um pouco da história do ex-goleiro e economista após se aposentar do futebol de salão, José Roberto Tamamaro de Oliveira, mais conhecido como Zé Roberto, hoje com 63 anos.

Como grande parte dos atletas espalhados por aí, a inclusão no esporte foi cedo. Zé Roberto iniciou no futebol de salão ainda com 12 anos, na AABB-SP. Ao longo dos anos, defendeu inúmeros clubes, entre eles: São Paulo FC, CA Ypiranga, Nordon, Rossi e o que sempre sonhou em jogar: o Palmeiras. O ex-arqueiro também atuou por Mackenzie, Esan e Santana. E, é partir desse trecho que começamos a contar a caminhada de Zé Roberto após se aposentar das quadras com apenas 29 anos, no CA Ypiranga.

Em pé, Zé Roberto é o segundo da esquerda para a direita, realizando o sonho de jogar no Palmeiras. (Foto: arquivo pessoal)

O morador praiano se formou em economia, mora atualmente no Litoral Norte de São Paulo, em Caraguatatuba, junto com a esposa, arquiteta, e ambos são sócios em uma empresa de construção.  Com outros objetivos no momento da decisão de parar, a distância entre quadra e Zé Roberto foi acontecendo naturalmente. Porém, as lembranças de momentos especiais sempre estarão em sua memória podendo ser compartilhadas. “Um jogo contra o SUMOV, do Ceará, , com o ginásio lotado ganhamos de 2 x 1 , o time deles era a base da seleção brasileira naquela época: tinha Beto, Caca , Leonel , Totonho, Geraldinho,  um time quase imbatível. Naquela época seria ganhar o mundial jogando na Argentina. Ganhamos com Walmir Preto , Zé Ricardo, Xepa , Beto Pisca, Banzé, e na final ganhamos de Minas Gerais 1 x 0, com gol de Banze. Fui escolhido o melhor em quadra e o melhor goleiro do torneio”, relembra o ex-goleiro.

Outro fato que Zé Roberto relembrou foi quando atuou com a mão fissurada contra a seleção da paraíba, no Campeonato Brasileiro Universitário, que deu o título à seleção paulista, na época defendida por: Zé Ricardo, Zepa, Ramon, Miral, Walmir Preto, Fabinho Português, Churrasco, Paulo Aldrighi, Xupinha, Nardinho e Serginho, treinada por Piazza, além do massagista Carlinhos”, disse.

Em pé, Zé Roberto é o segundo da esquerda para a direta. Seleção paulista de 1979. (Foto: arquivo pessoal)

Perguntado sobre o motivo que o levou a ingressar no futebol de salão,  ele diz. “A vontade de competir, jogar pelo meu time do coração (Palmeiras), as possibilidades de viagens , conhecer pessoas e ser uma referencia para alguns”. Em relação ao aprendizado para toda uma vida, o ex-goleiro completa. “Me proporcionou disciplina, interação com os colegas, espirito de equipe, saber conviver com vitórias e derrotas, coisas que carregamos e somos obrigados a enfrentar no dia a dia. E melhor de tudo amigos de uma vida”.

O economista, enquanto jogador, foi campeão estadual em duas oportunidades; três vezes campeão paulista; vice-campeão brasileiro de seleções; bicampeão brasileiro universitário; vice-campeão brasileiro universitário, além de conquistas individuais: Troféu Futsal de 1976 como jogador mais eficiente, e troféu melhor do ano no futsal universitário de 1977. Seu ídolo: o ex-goleiro palmeirense Pipa.

Na ordem, da esquerda para a direita:  Walmir Preto, Miral, Zé Roberto, Nilton Cifuentes Romão (presidente da FPFS) e Fabinho. (Foto: divulgação)

Foto de capa: Zé Roberto foi o orador e um dos homenageados no Ato Solene, realizado pela FPFS na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, onde a entidade homenageou os ex-atletas da “Geração Bola Pesada”.

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