“Onde tudo começou”: mãe invadindo a quadra para defender o filho
Como já é tradição, toda sexta-feira a FPFS traz para o seu leitor histórias de ex-salonistas que marcaram época no futebol de salão ou futsal. E, como não poderia ser diferente, hoje vamos contar a história de mais um ex-atleta que anotou o seu nome na história: Batata.
O início
A carreira de Batata começou de uma maneira um tanto quanto inusitada. Em 1972, ele foi ao Clube Banespa jogar com os seus primos, e foi visto pelo treinador das categorias menores, Sr. Romeu Frugis. A partir daquele convite, a carreira de Batata começaria a despontar. A motivação, por consequência, começou a aumentar e ser usada para abrir caminhos na modalidade. “A motivação foi automática, participar dos jogos e abrir as possibilidades de enfrentar equipes da cidade e do estado, ou seja, jogar no mundo aberto”, relata Batata.
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Clubes
Foram inúmeros na carreira do jogador que atuava na ala-esquerda: Água Branca, Transbrasil, GM, Banespa, Bordon, Corinthians, Tejusa/Indaiatuba, Alcan, Univ. São Judas, Hebraica e Enxuta, clube do Rio Grande do Sul.
Títulos conquistados
As conquistas são extensas: campeão Estadual em 86 defendendo o Transbrasil, campeão Metropolitano e Brasileiro em 87 também vestindo as cores do Transbrasil, campeão Metropolitano em 89 já defendo o Banespa, campeão Estadual com o Bordon, campeão Mundial Universitário na Finlândia como técnico, vice campeão Mundial Universitário na Polônia como técnico e campeão Brasileiro Universitário com o Fortaleza como técnico.
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Profissão atual
“Sou professor Universitário e atual técnico de fut 7 da seleção brasileira. Natural de São Paulo, capital. Estou com 56 anos.
Curiosidades
“Em 1988, o time principal da GM fo jogar com o ginásio lotado, eu estava com 28 anos e minha mãe foi assistir o jogo e sentou na 1° fila, junto a cerca. Eu tinha uma tendinite no joelho e, em um determinado instante do 1° tempo, perdíamos por 1 x 0 para o Circulo Militar. Em um dividida com o Gersinho, do Círculo, houve um choque com o meu joelho e caí sentindo dor, o massagista Osmar veio me atender. Logo em seguida ele disse: “Batata olha lá”. Levantei a cabeça e lá estava minha mãe, invadiu a quadra e querendo pegar o Gersinho, quando vi aquilo (estava deitado) fingi que desmaiei, e o ginásio inteiro rindo da invasão. Não teve jeito, tive que levantar e tirá la da quadra, com todo mundo rindo”, relembra Batata.
Sobre um novo craque na modalidade após a aposentadora de Falcão
“Igual a ele é difícil, um cara extremamente diferente, plástico, acima da média, merece todos o méritos que teve. Aqui no Brasil nada é impossível, o que temos são muitos jogadores no futsal, milhares de meninos e adolescentes jogando. Elevar o patamar da modalidade está muito ligado a jogos internacionais, televisão. Isso pode acontecer ou de forma coletiva, haja vista últimas atuações da seleção brasileira, onde a Seleção foi muito bem, muito bem treinada pelo Marquinhos Xavier. São possibilidade de jogadores para elevar o nível no futsal”, pontua.
Garimpo de atletas
“É um ciclo de muitos anos,onde a garotada, através da FPFS , sempre tivemos muitas equipes em todas a categorias. E, com essa massa de jogadores nesse ciclo que temos há muitos anos, não tem essa falta de atenção. O que falta às vezes é um pouco mais de competições sub-20, esse ciclo não pode ser quebrado até em termos de seleção brasileira, junto com o resgate dos torneios com os clubes não de camisa, mas tradicionais e que marcaram época, como Hebraica, Tênis Clube, Circulo Militar, resgatas campeonatos da cidade. A Federação vem tentando resgatar também o futsal do interior que é muito rico. Temos um potencial enorme”, analisa Batata.