“Onde tudo começou”: o sonho de jogar uma olimpíada

Trilhar o caminho do sucesso em qualquer esporte requer paciência, determinação, foco e sacrifícios. As definições podem ser muitas. Fato é que ao alcançar os objetivos traçados, a sensação é de dever cumprido e realização profissional.

Os personagens que passaram pela série “Onde tudo começou” retratam, cada um com a sua história, essa realização profissional contando um pouco das suas respectivas tragetórias. E, como não poderia ser diferente, o personagem principal da série desta sexta-feira é mais um ex-salonista multicampeão que marcou época na modalidade.

Com nove anos de idade, Serginho, ex-goleiro salonista, começou na categoria mirim do Clube Atlético Ypiranga, da capital paulista. Entretanto, antes de se tornar federado logo no primeiro teste, frequentava junto com os seus amigos Radamés e Willian Bacic o Clube Fiscais do Brasil. Por lá, era colocado na meta em brincadeiras e jogos internos do clube. De acordo com ex-goleiro, nascido em São Paulo em maio de 1964, foi ali que começou a sua trajetória para se tornar um dos goleiros mais vitoriosos da modalidade.

Como todo garoto, também tinha as suas referências dentro de quadra. “Quando comecei a jogar futebol de salão tinha inúmeros grandes jogadores, mas quando era juvenil do Gercan, eu treinava com grandes craques como: Douglas, Valmir Preto , Paulinho Rosas, Radamés, e treinava junto com os os goleiros: Pança e Robertão , foi nestes que me inspirei.

Após iniciar no Ypiranga e passar pelo Gercan (SP), o currículo de clubes de Serginho se tornou extenso e respeitoso durante os anos 80, 90 e 2000: Bordon (SP), Moinho Água Branca (SP), Impacel (PR), Internacional Ulbra (RS), Flamengo (RJ), Vasco (RJ), Banespa (SP), Corinthians (SP), São Bernardo Unip (SP), entre outros. A lista de títulos defendendo clubes também é grande: cinco vezes campeão da Taça Brasil , campeão da 1ª Liga Nacional, três vezes  campeão Brasileiro de Seleções (uma vez pelo Paraná e duas pela seleção gaúcha), seis vezes campeão paulista, três vezes campeão Paranaense,  um Campeonato Gaúcho, dois Campeonatos Carioca – e um Campeonato Mineiro.

Serginho nos tempos de Internacional de Porto Alegre. (Foto: site S.C. Internacional)

Como todo jogador que se destaque, Serginho defendeu as cores da seleção brasileira, e vestiu a amarelinha durante 12 anos consecutivos. “Joguei três Mundiais: um da FIFUSA, e dois Mundiais da FIFA, em 1992 e 1996, onde fui bi-campeão. Fui campeão Sul-Americano e Pan-Americano”, destaca o ex-seleção.

 

Sempre com bom preparo físico, o paulistano se aposentou das quadras em 2007, com 43 anos. Hoje atua em uma área muito diferente de quando mais novo: no ramo imobiliário, como corretor de imóveis, aos 54 anos.

No atual momento do futsal, onde muito se discute a entrada da modalidade como esporte olímpico, Serginho se recorda que na época em que jogava, sempre ouviu sobre essa possibilidade, e que para todos os ex-salonistas daquele tempo seria um sonho realizado poder defender o Brasil nas Olimpíadas. “Escutava que eu seria o goleiro olímpico, o tempo passou e a geração do Falcão também escultou isso e nada. Espero muito ainda ver nossa modalidade ser olímpica”, diz.

Como em todo esporte coletivo, existem evoluções tanto no quesito técnico quanto tático. Novos treinadores com ideias diferentes e novas formas de ver o jogo aparecem e fazem mudanças que acrescentam para o esporte. Para o ex-goleiro, que viu de perto as mudanças, alguns dos pontos principais que diferem da época em que atuava é na parte de velocidade do jogo e a evolução do ponto de vista tático dos jogadores e treinadores.

 

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